domingo, 3 de janeiro de 2016

Razão e Sensibilidade_Jane Austen (Romance)

Sipnose Oficial

Este foi o primeiro romance de Jane Austen. Publicado em 1811, logo recebeu reconhecimento do público. Razão e Sensibilidade é um livro em que as irmãs Elinor e Marianne representam uma dualidade, de maneira alternada, ao longo da narrativa. As expectativas vividas pelas duas com a perda, o amor e a esperança, nos aponta para um excelente panorama da vida das mulheres de sua época. As irmãs vivem em uma sociedade rígida, e ambas tentam sobreviver a esse mundo cheio de regras e injustiças. Tanto a sensível e sensata Elinor como a romântica e impetuosa Marianne se veem fadadas a aceitar um destino infeliz por não possuírem fortuna nem influências, obrigadas a viver em um mundo dominado por dinheiro e interesse. As duas personagens passam por um processo intenso de aprendizagem, mesclando a razão com os sentimentos em busca por um final feliz.



Mais um livro de Jane Austen na minha lista. Quando terminei de lê-lo, fiquei naquele estado pós-leitura-de-um-livro-muito-bom. Pessoalmente, gostei muito do livro e quase não consegui parar de lê-lo. 

O livro narra a história das irmãs Dashwood (personagens que eu gostei muito).
A irmã mais velha, Elinor, é uma jovem que eu admirei. Apesar de ser jovem e muito bonita (assim como as irmãs) é toda perspicaz e com um incrível discernimento e juízo, agindo como conselheira da mãe. Antes de julgar qualquer ser, Elinor tenta entender cada sentimento, ação e decisões do indivíduo e isso a torna a minha personagem favorita. Ela é sempre consciente do que faz e sempre suporta tudo com muita compostura.

“Às vezes, nos deixamos guiar por aquilo que as pessoas dizem de si mesmas, e muitas vezes por aquilo que as outras pessoas dizem delas, sem parar um momento para refletir e julgar.”

Sua irmã e melhor amiga, Marianne – uma jovem tão linda quanto ela – tem qualidades parecidas com a de Elinor, mas sempre deixa seus sentimentos gritarem mais alto que a razão e considera tudo com grande ansiedade. “A doce Marianne” é bondosa, amorosa, sensata, inteligente e tem uma personalidade bem forte, o que também me fez gostar bastante dela. Marianne sabe bem o que quer e isso gera algumas situações em que ela fala o que pensa. E isso é bem engraçado, em certas ocasiões.
“Era generosa, amigável, e interessante. Enfim, ela era tudo, menos prudente”.

Já a irmã mais nova, Margaret, é uma menina bem humorada e bem disposta, mas que aparece bem pouco no livro.

Quando o Sr Dashwood morre, ele deixa suas três filhas e sua amada esposa, aos cuidados de seu filho – John Dashwood - fruto de um casamento anterior, para cuidar da renda de suas meias irmãs e madrasta.  
Mas, apesar de ser um bom homem, Sir John Dashwood é casado com Mrs John Dashwood – uma mulher mesquinha e egoísta – que faz sua cabeça facilmente e o convence a ser o mais mesquinho possível com as irmãs e a madrasta. E ele é facilmente induzido pela esposa a fazer isso, dando uma renda não tão baixa nem tão alta a elas.
Mrs Dashwood e suas filhas logo mudam para um chalé – não aguentando mais as atitudes da cunhada - e se despedindo da linda Norland. O que para Elinor traz ainda mais dor, pois tem de deixar para trás um amor incerto – Mr Ferrars – irmão de Mrs John Dashwood, sua cunhada. 
Mr Ferrars é uma paixão incerta até para nós leitores, pois apesar de ser (diferente da irmã) um jovem modestamente bonito, educado, cavalheiro e bondoso, seus sentimentos são incertos a todo instante. Mr Ferrars é tímido demais para expor seus sentimentos.  Elinor está apaixonada pelo amigo, mas não sabe se ele corresponde a esse amor. E com a mudança, fica ainda mais difícil descobrir se esse amor é ou não correspondido. E mais uma vez, Elinor me surpreendeu com suas ações. Ela sempre foi discreta com relação a essa paixão e sempre agiu de maneira calma e com bastante juízo.
Enfim, todas as Dashwood mudam com muita dor no coração, que é grandemente diminuída quando chegam à nova casa – muito agradável para elas e com uma paisagem linda ao redor – para a alegria de Marianne. 
Na vizinhança, Marianne logo atrai um admirador: Coronel Barton. Um homem com seus trinta e cinco anos, bondoso, reservado, rico e atencioso. Mas Marianne não se agrada dele, (por motivos que eu confesso que também apoiei e achei sensato). Por isso, ele é logo esquecido.
Marianne decide junto com a irmã caçula, explorar as montanhas ao redor - um de seus passatempos favoritos. Infelizmente, o tempo piora, trazendo uma chuva repentina e numa tentativa desesperada de voltar para a casa, elas correm e Marianne cai de um barranco, torcendo seu pé.
E... acreditem ou não, queridas leitoras, o sonho de muitas mulheres acontece quando um lindo jovem, educado e cavalheiro, aparece e a carrega pelos braços para casa (hahaha). Esse lindo jovem e seu ‘salvador’ é o Sr Willoughby. Marianne, que tinha tanta certeza que nunca encontraria alguém que correspondesse a todas suas expectativas, fica extremamente apaixona. E os jovens enamorados agradam a todos.
“Quanto mais conheço o mundo, mais estou convencida de que nunca encontrarei um homem a quem eu possa amar verdadeiramente.”

Janne Austen narra uma linda história. Para mim, o que mais fica implícito, é que o amor mais forte, na história, é entre as duas irmãs mais velhas. Vê-las sofrendo juntas com os fatos que ocorrem e toda a compostura com que Elinor lida com tudo, me deixou muito feliz e satisfeita no final.

Durante alguns instantes pensou que fosse desmaiar... Seu coração estava despedaçado, e ela mal podia ficar de pé, mas era indispensável manter-se de pé, firme, e lutou tão resolutamente contra a opressão de seus sentimentos que logo o conseguiu, e seu êxito – pelo menos naquele momento – foi completo.

Um livro que eu recomento a todos. Houve momentos em que era impossível saber o que iria acontecer, e que fiquei imaginando se algo ia dar certo, quando as minhas esperanças quase acabam. Também houve capítulos que eu ri muito (por que apesar de ser uma romance, não deixa de ser engraçado) e, às vezes, fiquei muito surpresa com o desenrolar da história.
Elinor poderia estar sofrendo tanto quanto ela, porém com menos demonstrações de dor e maior coragem. 
 
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 Vai gostar quem gosta de: Um bom romance e uma leitura clássica. 


Geeks!

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